29 de nov. de 2010
Fundo do Poço !!
Chegamos ao fundo do poço! Essa frase foi entoada nos idos dos anos 80, quando nosso melhor atacante era o Barbosa, ponta-direita limitadíssimo. A frase foi dita depois de uma derrota vexatória para um time do interior de São Paulo por um campeonato Paulista. Pensei que não precisaria mais repeti-la, mas estava muitíssimo enganado.
Chegamos ao fundo do poço de novo, e sem o horizonte da competência de uma Parmalat pela frente. A derrota de quarta-feira foi sofrida, mas segue um roteiro já estabelecido. Se ao invés do Palmeiras, nossos jogadores estivessem com a camisa do São Caetano, com certeza estariam na final da Sul Americana hoje. Mas a camisa era a do Palmeiras, oito vezes campeão brasileiro, campeão mundial em 51 e da America em 1999. Era pesada demais para Marcios Araujos, Danilos, Dineis e Luans. Bons jogadores para equipes pequenas, mas que se desmontaram com nossa camisa. Roteiro idêntico aos times de Nelson Duque, Bricio Pompeu de Toledo, Carlos Facchina e Mustafá Contursi.
Felipão é um técnico diferenciado e soube tirar leite de pedra. O problema está mais acima e veio a tona mais uma vez após a derrota vexatória diante do poderosíssimo Goias, já rebaixado no atual Brasileirão. Falo de quem gerencia nosso Palestra. A incompetencia de “nossos dirigentes” é algo difícil de ser explicado e até entendido. Acusam Kleber e Valdivia (que nem jogou) de serem culpados pela nossa tragédia, esquecendo a vergonha que é nossa política interna. Na hora que deveríamos ter calma nas declarações e planejamentos serem feitos de forma interna, os velhos carcamanos agem como se fossem lideres de torcidas organizadas. Pelas declarações de Pescarmona e Palaia, 2011 será igual ou pior a 2010.
Na verdade, hoje admito com dor no coração que tanto faz quem está no poder. Belluzzo e Cipullo foram os últimos suspiros de esperança que nos restava. Fracassaram de forma tão forte como nossos dirigentes da década de 80. Só ganharam de Mustafa Contursi, mas isso já e não vantagem alguma.
A verdade nua e crua é que nos perdemos nossa identidade. Imprensa, adversários e até nós mesmos não respeitamos mais o Palmeiras. As cenas da torcida xingando o Deola são um soco no estômago dos verdadeiros Palmeirenses. Hoje, pode assumir Frizzo, DelGrande, DellaMonica, Palaia, etc...o pensamento de gerenciamento é o mesmo: arcaico, ultrapassado e sem um mínimo de comando. Qualquer um deles continuarão a gerenciar o Palmeiras como o quintal da casa de praia, e como o clube fosse um brinquedo de uso exclusivo.
Pela grandeza do clube e pelos verdadeiros palmeirenses apaixonados, ainda existem profissionais do nível de Kleber, Deola, Marcos, Valdivia e Felipão que tentam trabalhar no clube, mas mesmos esses profissionais desistirão com o tempo. Caminhamos firme e forte para no futuro sermos um time intermediário do futebol brasileiro. Não há horizonte nem luz no fim do túnel. Enquanto não nos livrarmos da ditadura que se instaurou no clube com os mesmos mandando e só mudando de lado de acordo com a vaga de estacionamento oferecida pelo clube, estamos perdidos.
O fundo poço não tem limites para nós. E para aqueles que acham que nada pode piorar, e só esperar os próximos anos.....
Berlier Almeida
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