11 de ago. de 2010

Cade nossa Base?


O Palmeiras capenga no Brasileirao e todos nos aguardamos ávidos a volta de Lincoln, a estréia de Valdivia e a confirmação da contratação de Ronaldinho Gaucho, cada dia mais próximo do Palestra Itália. Enquanto tudo isso não ocorre, Felipao escala o time com o que tem nas mãos: com três volantes de marcação no meio de campo e o esforçado Armero na lateral. Hoje contra o Vitória, não teremos o Kleber, e assim deveremos recorrer ao Tadeu ou ao velho Max que estava encostado no CT.
Ninguém discorda que quando os titulares estiverem prontos, o time será outro, mas a pergunta que fica é: cadê a nossa base nessa hora de necessidade? Os meninos que foram bem na Copa São Paulo não poderiam ir sendo testados nessa entressafra até que os principais jogadores estivessem ok? Porque insistir com o Armero, que sabemos que não tem condições e não dar oportunidades para o Gabriel Silva? E porque ficar jogando sem meias? Será que o Ramos não mereceria uma chance? Melhor que o Pierre lançando ele é.
Muitos dizem que lançar garotos nessa hora e queimá-los, mas o que se vê no Palmeiras é que nunca existe hora para que os garotos serem testados. Ou se está em situação difícil ou as feras estão em campo e não há lugar para eles. Esta política nos obriga a sempre contratar e em muitas vezes, jogadores de qualidade duvidosa. O Leo é o exemplo mais recente. De promessa de ser um novo zagueiro de seleção, demonstrou em poucos meses, o contrário e está sendo negociado com o Cruzeiro. Para o lugar dele, chegou Fabrício que foi comprado do Flamengo, mas ninguém tem conhecimento total se é ou não um bom zagueiro. O nosso Mauricio, mandado embora em dezembro do ano passado, era melhor que o Leo, e por bem menos dinheiro não precisaríamos ter feito essa infeliz troca.
A bagunça que existia em nossas categorias de bases, parece que foi extinta. Hoje temos um plano de trabalho de seleção dos garotos a serem treinados, e estrutura para os mesmos se desenvolverem. O alicerce está feito e agora precisamos de uma real política de aproveitamento desses meninos, para evitar que casos como do Ilsinho se repitam. Lançar todos de uma vez é suicídio, mas colocar dois ou três, principalmente em uma hora que não existem jogadores com características que precisamos, é necessário. A historia já deixou claro que jogadores de base são uma mina de ouro. O Santos de hoje está contabilizando fortunas que a última geração criada lá irá render, o Internacional ganhou muito dinheiro com o Pato e Nilmar, o São Paulo com Kaka e Breno, e por aí vai. Nosso último jogador de base vendido foi o Maicon, quatro anos atras, por míseros quatro milhões.
Precisamos de uma vez por todas quebrar esse paradigma que jogadores de base não servem para nós. E principalmente parar de jogar dinheiro fora.
Berlier Almeida

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