13 de jan. de 2011

Para extirpar um câncer chamado conselheiro


Acho que o único clube no mundo que mantêm eleições para presidente, em meados de Janeiro, somos nós. É somente mais um absurdo, dentre tantos, que nossos seculares dirigentes não conseguem resolver. Palaia, que se diz situação, rasga elogios ao candidato da oposição e ainda diz que um dos trunfos de Tirone é ter Mustafa ao seu lado. A política de boteco de bairro continua a mil e o que sair no dia 19 não deve alterar muito nossa triste rotina desde 2000.

O time segue entregas as moscas, com um diretor de futebol odiado por 10 dos 10 jogadores do Palmeiras. Como tem sido nossa sina, Pescamorta adora dar entrevistas e dizer que contratará A, B ou C para deleite da imprensa. Depois do fiasco de Ronaldinho Gaucho, a bola da vez é Alex que não virá também. Devaneios de velhos insanos, que se sentem realizados só de aparecer na telinha ou ouvir sua voz no rádio. Se essas aparições ajudam ou atrapalham o Verdão, isso é o que menos importa.

Se livrar da caricatura de diretor de futebol, que Pescamorta é, não será difícil. Isso deve ser resolvido na próxima semana, mas a falta de planejamento que as múmias palestrinas exibem com orgulho não. No desespero de reduzir a folha de pagamento, doaram Edinho ao Fluminense e rezam para que apareçam interessados em Danilo, Pierre e Vitor. O lateral contratado a peso de ouro e que sem grandes chances de jogar em 2010 já será doado. Para o lugar deles, chegam Cicinho, Michael Jackson, Thiago Heleno e talvez o Kelvin (quem?). Isso mesmo, bem-vindo aos anos 80 novamente.

Felipão dá mostras que já entendeu o recado e que não pode fazer mais nada. Profissional correto que é, deve ir até julho, quando entrará na lista de redução de custos iniciada agora. E com ele irão nossas últimas esperanças que são Kleber e Valdivia. As contas entrarão em dia, mas o futebol não. Com a visão tacanha e primaria de Mustafa ou Palaia, continuaremos a ser desclassificados por esquadrões do porte do Goias, do Santo André e do ASA.

A única certeza absoluta que temos hoje, é que enquanto o destino do Palmeiras estiver na mao de 300 conselheiros ultrapassados, egoístas e egocêntricos o futuro do Palmeiras é inexistente. Demorou, mas a ficha caiu e hoje a verdade cristalina e que não importa que jogador ou técnico nos defenda. O câncer que nos consome lentamente, e que insiste em não ser extirpado se chama “conselheiro”. Até acredito que deva ter alguém com foco e competência dentro do Palestra, mas infelizmente essas pessoas são sufocadas pela mediocridade que reina em maior numero.

Eleições diretas passam a ser a nossa única alternativa. Os contrários a essa opção, dizem que devido o clube estar em posição estratégica na cidade de São Paulo, há excessos de bambis e gambás como sócios, e que um deles poderia se tornar nosso presidente. Pode até ser, mas entre a duvida disso ocorrer e da certeza de continuar a ser presidido pelas atuais 300 múmias, prefiro o risco.

Eleições diretas e que haja uma separação para ontem, do futebol da quadra de bocha e das piscinas. Que o clubinho social com suas festas juninas e suas competições de bairro fiquem para Mustafa , Palaia e Cia.. e que o futebol fique com 18 milhões de verdadeiros palmeirenses.


Berlier Almeida

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