Meus bambinos, o véio chegou pra trazer um pouco de alegria pros nostros amicos palestrinos. Em primeiro lugar quero agradecer a Dora Palestrini, minha amiga desde que eramos dois bambinos lá na nostra querida Italia! Viemos pra cá de navio - ma que belo! E a primeira cosa que a gente viu quando chegou nas terras brasilianas foi o porto de Santos. Depois subimos a serra e fomos parar lá pros lados da Barra Funda. Aí, enquanto comia um belo dum sanduiche de salame e tomava uma tubaína fiquei ouvindo aqueles bruto homens feito falando sobre um jogo que se jogava com os pés. Diziam que tinha um tal de Palestra Italia que era a grande sensação. Também tinha um time que, segundo entendi naquela época, era o time que, alguns chamavam de maledetos, e outros de cachorros. Logo fiquei curioso pra ver um jogo de futebol.
Apareci num domingo a tarde depois da macarronada, sentei nuns bancos de cimento e fiquei ali olhando pra um pasto verde. Aí uns marmanjos sairam de uns buraquinhos e a rapaziada começou a gritar: PARMERA, PARMERA! Eu devia ta ruim das vistas, porque eu só via grama alí. Nennhuma vaca, nenhum bezerro! Depois entram outros marmanjos de preto e branco, tudo de calça curta. E a rapaziada do lado de lá começou a gritar: Botafogo! Botafogo! Mama mia, logo pensei que iam botar fogo na grama!
Aí chegou um camarada de preto com uma bola debaixo dos braços e um apito na boca. Achei que ele deveria estar de luto! Aí ele assoprou aquele apito e um camarada pegou a bola e começou a correr feito uma besta pro outro lado. Mas aí o outro camarada do outro lado non gostou, pegou a bola e foi pro outro lado. E o de verde pegou e levou pro outro lado. E ficaram nesta agonia, tira a bola de cá e leva pra lá, tira de lá e trás cá! Aí eu pensei que seria melhor dá uma bola pra cada um, aí eles paravam de brigar.
E eu ficava alí vendo aquilo tudo. Aí eu percebi que o cara que ficava alí debaixo de uma armação de madeira com umas rede nos fundos ficava só alí olhando de longe. Achei aquilo o fim. Todo mundo correndo no meio do campo e o camarada ficava só alí olhando. E olha que acho que ele tinha algum parentesco com o camarada de preto porque ele pegava a bola com as mãos o camarada de preto non dizia nada. Os outros pegavam com a mão na bola ele dava cada bronca! E ele estragava todo o jogo, porque os jogadores chutavam com os pés e ele agarrava com a mão! Mama mia! E as vezes alguem acertava a bola no fundo das rede, aí eles pulavam, se abraçavam. E eu pensava comigo, mas por que? Nem furou a rede?
Foi quando alguém gritou alí perto de onde eu tava sentado: Frango! Frangueiro! E eu com uma fome desgraçada, e o frangueiro non aparecia! De repente o camarada de preto deu um apito e eles entraram de novo nos buraquinho e sumiram! Pensei: Foram tomar lanche. ´
Achei que alguem muito importante non tinha gostado do jogo porque os camaradas voltaram depois do lanche e repetiram tudo de novo! Até mudaram de lado pra ver se dava certo! A gente paga um dinheirão pra ver duas vezes a mesma coisa!
Brigaram noventa minutos por causa de uma bolinha. Acabou o jogo, deixaram a bola no gramado, aí entrei pra pegar a bola me levaram preso!
O Véio Palestrino
Baseado em piada contada pelo grande palestrino José Vasconcelos!
SENSACIONAL!!!!!!!!!!!!
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