Cipullo e Belluzzo sempre dirigiram o futebol a distancia e deixaram o barco correr solto, sem nunca definir prioridades e cobrar resultados de quem deveria. A falta de comando é evidente. Fazendo um pequeno exercício de memória, consegui relacionar 10 pontos. São eles:
1) Assistiram passivamente e sem tomar uma ação Luxemburgo abandonar o time em jogo oficial na Sul-Americana para comentar o jogo por uma emissora de televisão.
2) Aceitaram sugestões de contratações esdrúxulas como Obina e Fabinho Capixaba sem questionar.
3) Aceitaram da mesma forma vender jogadores importantes como Valdivia, Kleber, Henrique sem argumentar.
4) Viram dois campeonatos brasileiros serem perdidos por não terem pulso firme e acabar com vaidades pessoais internas.
5) Trouxeram Vagner Love a peso de ouro, e o deram de graça 4 meses depois por não conseguirem pagar os salários assumidos, e usar como desculpa a agressão covarde sofrida pelo jogador.
6) Aceitaram uma parceira com a Traffic, que nos trouxe Keirrison com prazo de validade vencido (veio já com cabeça no Barcelona) e uma gama de jogadores desconhecidos. Traffic lucrou, mas e nós?
7) Demitiram Muricy por não ter coragem de respaldá-lo em ações dentro das categorias de base e no time titular. Era nossa chance de mudança.
8) As carteirinhas de diretoria, embora reduzidas, ainda existem, assim como as vantagens que as mesmas dão. Embora essas pessoas muitas vezes, devido a falta de comando, se curvem a oposição.
9) Estão vendo passivamente DS7, muito bom jogador, ser devorado pela torcida e não fazer nada. Será vendido ou trocado de graça.
10) Aceitaram lançar o programa sócio-torcedor no pior momento e sem nenhuma estratégia definida, sendo um redundante fracasso de Marketing.
Belluzzo e Cipullo sempre delegaram as responsabilidades que o departamento de futebol exige, mas se esqueceram que delegar não significa abandonar. Devem-se ter pessoas responsáveis nas áreas chaves, mas essas pessoas devem ter metas a atingir, conduta a seguir e responder por fracassos e sucessos. Nossa maior esperança tornou-se nossa maior decepção dentro do futebol.
Sem comando, continuaremos a ser um barco a deriva, com jogadores dando chilique e definindo se compensa ganhar ou não, técnicos ganhando experiência ou testando inultimente jogadores e categorias de base abandonadas e as vezes inchada com jogadores com idade acima da media. Na parte econômica, evoluímos e isso dever ser mantido. Mas carecemos urgentemente, de comando no clube. Não a ditadura de Mustafá, mas um comando com gestão. O próximo presidente deve ter a humildade de reconhecer o que foi bem feito e manter as ações e radicalmente implementar regras de conduta interna. Jogadores, técnicos e conselheiros precisam saber que são parte de uma engrenagem e que precisam trabalhar em conjunto para o sucesso da maquina. Mesquinharias e invejas pessoais têm de ser abolidas, e todos saberem que responderão caso se coloquem acima do clube.
Infelizmente não vejo ninguém ou algum grupo hoje que consiga tal proeza. Se realmente essa pessoa ou grupo não existir, estamos indo para um caminho sem volta. Os números de pesquisas de tamanho de torcida podem ser questionados, mas e evidente que a nossa não cresce na proporção das outras. E perdendo o maior patrimônio que temos, nossos torcedores, perderemos tudo.
Não consigo entender como um clube do tamanho e com a historia do Palmeiras chegou nessa situação. Mas que estamos no limite do tempo da mudança, isso não tenho duvida.