Por Adriano Pessini
Não, não fiquei louco e não vou falar da novelinha insossa juvenil, muito menos do ato de praticar esportes em academias que ganhou esse sinônimo.
Queria falar mesmo é da antiga malhação de judas.
Lembro dos meus tempos de moleque, quando a garotada toda ia em casa e ficávamos fazendo bonecos com retalhos das costuras da minha avó. No sábado, todo mundo acordava cedinho e ficava esperando até meio-dia para amarrar os bonecos nos postes e descer o sarrafo.
O ato não durava mais do que cinco minutos, mas são coisas assim que nos faz sentir saudades de outrora e agradecermos por termos tido uma infância feliz.
Os tempos são outros e os judas, infelizmente, estão cada vez piores. No meio futebolístico, por exemplo, tem um monte.
São jogadores que beijam um símbolo em um dia e no outro estão brigando por causa de bichos, são dirigentes que defendem mais o seu grupo político e seus comparsas em detrimento do clube que dirige, são pessoas que ocupam cargos no Judiciário e, na verdade, só estão pensando em virarem deputados mais adiante, são pessoas ditas do bem que querem utilizar dinheiro público em benefício próprio… Iria faltar espaço para tantos traidores do torcedor.
Só espero que a bola não nos traia e que com sua magia um dia possa fazer calar esses falsos profetas.
Não vou malhar ninguém hoje e já até aprendi a suportar ser traído, pois, ao menos, isso significa que não estou do lado deles.
PS.: A imagem acima, que não faz parte da coluna do Pessini, é meramente ilustrativa.
Márcio Braga
3 de abr. de 2010
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