7 de mai. de 2010

Saudade do Velho Palestra, da Velha Academia, da Parmalat!


Robertinho, mio sobrinho predileto


você sabe que io nunca fui muito ligada a fazer trico, crochê ou bordados. Nunca fui de fazer trabalhos manuais nem de ficar anotando receitas de programas de culinária. Nunca gostei muito de cuidar do jardim, tanto é que só tenho uma samambaia meia boca no terraço. Nunca acompanhei formula 1 ou novelas. Nunca fui muito de ficar nas casas das vizinhas fazendo fofoca, nunca sentei no banco de uma praça pra ficar atirando milho pros pombos...sabem por que?


Porque mio Paletra tomava todo mio tempo, minhas energias, mio coraçon! Só que, de uns tempos pra cá eu olho praqueles marmanjos em campo e não consigo mais reconhecer neles o mio querido Palestra! É como se nostra história tivesse acabado em 2008. Vejo 11 homens barbados correndo atras de uma bola como se estivessem participando de uma gincana! Vejo um São Marcos triste, desanimado uma equipe sem força, sem garra, sem brio...um time de zumbis em campo.


Mas, mio querido sobrinho, estou pensando seriamente em começar a fazer todas aquelas coisinhas que eu descreví no primeiro parágrafo, sabe por que? JÁ CANSEI DE TORCER PRA UM TIME PREVISÍVEL, SEM BRILHO...UM TIME PERDEDOR!


Quando uma torcedora, fanática como eu, já liga o rádio pra torcer pra um time, sabendo que vai entrar pelos canos, e ainda mais um time grande, com uma história bonita e vencedora, já é hora de parar.


Digo parar no sentido mais literal da coisa. Robertinho, vou confessar uma coisa só pra você! Pela primeira vez na vida preferi assistir ao jogo dos maloquentos, que me proporcionou a maior alegria dos últimos tempos, e nem me preocupei com o nostro Parmera, que jogou contra um tal de Atletico Goianiense. Sabe o motivo? Eu já sabia que iriamos ser desclassificados, como de fato fomos. Não por um Real Madrid, não por um Milan, não por um Grêmio, por um Santos...mas por um clube que eu nem sabia da existência! É o fundo do poço, e não posso mais ver jogadores, dirigentes e torcedores profissionais maltratando um clube que foi o Campeone do Século XX. Me recuso a compactuar com o que estão fazendo com mio Palestra! Enton, prefiro non ver mais essa tragédia em que nostro time se transformou.


Sou uma mulher velha, já non tenho tanta vaidade, a non ser um pozinho de arroz, um batonzinho...O triste é ver a velharada do clube acariciando suas vaidades enquanto o nostro futebol vira chacota!


Enton, querido sobrinho, só vou assistir um jogo do Palestra, quando o Palestra voltar a ser Palestra, e non esse negócio em que nostros dirigentes o transformaram!


Minha esperança é que o time ressurja das cinzas. Assim poderiamos até mesmo mudar a letra do hino, onde diz " Quando surge o alvi-verde imponente..." colocariamos "Quando ressurje" ...e assim vai!


Até lá, que venha o tricô, o crochê, os bordados, e assim por diante...

Dora Palestrini

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